Autora: Joana Petiz
Sapo, 4 de Novembro de 2024
Segunda conferência organizada pela The Clinic of Change reflete sobre «um ano de mudança e progresso na saúde mental», já nesta quarta-feira.
Pode um tratamento psicoterapêutico assistido por psicadélicos ser a resposta a casos extremos de problemas como depressão, ansiedade, burnout ou esgotamento, stress pós-traumático, distúrbios alimentares e adições como o alcoolismo? A resposta de David Nutt e Celia Morgan é um claríssimo sim.
Os dois são especialistas e pioneiros mundiais numa terapêutica inovadora no campo da saúde mental com recurso à ketamina, a única substância psicadélica autorizada para fins médicos em Portugal, e vão estar em Lisboa já nesta quarta-feira. No auditório da PLMJ, a partir das 14.30 de dia 6 de novembro, o professor do Imperial College e a professora da Universidade de Exeter estarão ao lado do diretor clínico da The Clinic of Change, Victor Amorim Rodrigues, a analisar «Um Ano de Mudança e Progresso na Saúde Mental».
«O facto de os psicadélicos poderem ‘reiniciar’» o cérebro face a transtornos tais como a depressão e o vício é a descoberta mais fascinante apontada por David Nutt, especialista no uso de técnicas de imagiologia do cérebro para compreender as causas da adição e de outras disfunções psiquiátricas, empenhado na descoberta de novos tratamentos. O chief research officer da Awakn Life Sciences, percussora no método, aponta o uso de psicadélicos como «o maior avanço dos últimos 50 anos nas terapêuticas aplicadas à psiquiatria».
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