Um estudo recente, publicado na prestigiada revista científica The Lancet Psychiatry , que conta com participação do Dr. Lúcio Silva, membro do corpo clínico da The Clinic of Change, aborda temáticas que poderão revolucionar abordagens futuras na área da saúde mental.
Um estudo recente, publicado no The Lancet Psychiatry e com coautoria do Dr. Lúcio Silva, membro do corpo clínico da The Clinic of Change, localizada em Lisboa, destaca uma questão crítica: a insuficiente descrição das técnicas psicoterapêuticas utilizadas nestas abordagens com farmácos como a Psilocibina e o MDMA compromete a replicabilidade e a interpretação dos resultados.
Nos últimos anos, os psicadélicos têm ressurgido como ferramentas promissoras em contextos terapêuticos, efetivando uma abordagem inovadora na exploração da mente e da consciência, particularmente no tratamento de condições como a Depressão Resistente, os quadros de Ansiedade Generalizada ou na Perturbação de Stress Pós-Traumático (PSPT)
A pesquisa revela que, embora os psicadélicos como a Psilocibina e o MDMA sejam frequentemente estudados pelos seus efeitos farmacológicos, pouco se sabe sobre as abordagens psicoterapêuticas específicas que os acompanham.
«Há uma lacuna na literatura científica que precisa urgentemente de ser preenchida para garantir que os avanços terapêuticos possam ser replicados e aplicados de forma generalizada», garante o Dr. Lúcio Silva.
O corpo clínico da The Clinic of Change, pioneira em Portugal no uso de intervenções terapêuticas inovadoras, tem investigado estas abordagens de Psicoterapia Assistida por Psicadélicos, recorrendo ao fármaco cetamina [ou ketamina]. Este fármaco, frequentemente associado ao tratamento do PSPT, é um dos poucos psicadélicos cuja utilização é acompanhada por descrições mais detalhadas das metodologias terapêuticas.
No entanto, para outros compostos, como a psilocibina, essa documentação permanece escassa.
Os autores do estudo salientam que a ausência de detalhes sobre as técnicas psicoterapêuticas – desde a estrutura das sessões até às estratégias usadas para guiar os pacientes durante as experiências psicadélicas – compromete não apenas a interpretação dos resultados, mas também a segurança e a eficácia das intervenções. Para o Dr. Lúcio Silva, é «essencial padronizar e documentar estas técnicas para que possam ser partilhadas e adaptadas em diferentes contextos clínicos».
O apelo dos investigadores é claro: estudos futuros devem dar tanto ênfase às abordagens psicoterapêuticas quanto aos aspectos farmacológicos dos psicadélicos. Este rigor metodológico permitirá que estas terapias inovadoras sejam integradas de forma cada vez mais segura e eficaz no tratamento de doenças mentais, beneficiando um número crescente de pacientes que procuram soluções para condições frequentemente resistentes aos tratamentos convencionais.
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