Victor Amorim Rodrigues: «70% de sucesso em pessoas que já tiveram 100% de insucesso é extraordinário.»
Victor Amorim Rodrigues, director clínico da The Clinic of Change, psiquiatra e psicoterapeuta, fala-nos sobre Psicoterapia Assistida por Psicadélicos e sobre o programa terapêutico da The Clinic of Change.
Veja o vídeo com as declarações.
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O que é a Psicoterapia Assistida por Psicadélicos?
Fundamentalmente, a nossa ênfase maior é na psicoterapia, mas uma psicoterapia que é assistida ou facilitada por um fármaco, neste caso, a ketamina [ou cetamina], que vai permitir o acesso a um conjunto de material psicológico e psíquico, conteúdos psíquicos, que por sua vez podem ser trabalhados na psicoterapia.
Embora tenhamos também todos os benefícios antidepressivos do fármaco, nós pugnamos de facto pelo trabalho psicoterapêutico no sentido de prolongar, a longo prazo – é o que nós queremos, a longo prazo -, os efeitos terapêuticos deste tratamento.
Há outras maneiras e outros locais onde se evita ao máximo estes efeitos dissociativos e psicadélicos da substância. Nós não só não os evitamos, e isso é de facto distintivo em relação a outras maneiras de usar a ketamina como terapêutica, não só não evitamos estes efeitos como, pelo contrário, nós queremos que eles ocorram. É preciso é ter depois, de facto, psicoterapeutas treinados, como é o nosso caso aqui, com muitos anos de experiência, para poderem saber trabalhar esse material.
Como funciona o programa The Clinic of Change?
O que nós temos tido aqui são pessoas em grande sofrimento há muitos anos, algumas há mais de 20 anos, outras desde a adolescência, em que aquilo que, de facto, têm sido os métodos tradicionais da psiquiatria e da saúde mental em geral não têm funcionado.
Nós temos um programa validado, que foi investigado e implementado pela Awakn, a Awakn Life Sciences, uma organização internacional com sede em Londres, e que em várias clínicas foi desenvolvendo este programa, já desde há muito tempo.
O que se verifica é que, neste programa que estamos a implementar, temos uma certa segurança de que as pessoas, desde que cumpram as indicações do programa, têm uma percentagem muito alta de sucesso.
70% de sucesso em pessoas que já tiveram 100% de insucesso com todas as outras técnicas anteriores é uma coisa extraordinária e que dá de facto vontade de trabalhar nesta área.
O que o levou, enquanto médico, a ter interesse neste tipo de terapêutica?
Foi a possibilidade de poder ajudar pessoas que não podia ajudar de outra maneira. Eu sou um psiquiatra com muita experiência, mas também sou psicoterapeuta, e portanto, quer num aspecto mais psicofarmacológico quer no aspecto psicoterapêutico, sei perfeitamente, como todos os clínicos desta área sabem, que há um grupo de pacientes, que não é tão negligenciável quanto isso, que não tem respostas eficazes.
Abrir-se aqui uma janela de oportunidade para poder ajudar um conjunto de pessoas que até aí estavam, digamos assim, entregues ao seu próprio sofrimento, entregues à sua própria patologia mental, é muito reconfortante, é extraordinário.
A grande vantagem que eu vejo é de facto a satisfação de ver pessoas que, por vezes, no dia seguinte já estão a sorrir. Pessoas que não sorriam há anos, e que entravam a chorar, lentificadas. E a melhoria de sessão para sessão, nalgumas pessoas, é muito evidente, e as próprias pessoas ficam muito entusiasmadas, porque vêem que estão de facto num outro patamar de funcionamento mental, e relacional e cerebral.
Aquilo que é o tratamento controlado em termos clínicos sérios, digamos assim, ah, é uma revolução, porque não tem havido grandes inovações. E ter de facto a possibilidade de chegar a este grupo… porque é muito importante insistir nisto, é um grupo de pessoas que não tiveram resposta com os antidepressivos tradicionais. Isso realmente é uma revolução, porque estas pessoas podem ter melhorias francas e duradouras.
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