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Carla: «É a Psicoterapia Assistida por Ketamina que me vai salvar. E foi mesmo.»

Carla já estava cansada da ansiedade e da depressão que não a largavam. Foram demasiadas baixas, medicamentos, muitos anos a viver adormecida e a comer para compensar as emoções… agora experimentou o programa de Psicoterapia Assistida por Psicadélicos da The Clinic of Change e sente que a vida mudou da noite para o dia. «Neste momento, acordo todos os dias de manhã e só digo assim: bora viver.» E, melhor ainda, sente que o tratamento a deixou com ferramentas que a vão acompanhar para sempre. 
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Leia o testemunho completo da Carla sobre a sua experiência com a Psicoterapia Assistida por Psicadélicos:

Eu estava tão cansada. Muito sinceramente, eu estava muito cansada, porque todos os anos eu tinha situações de ansiedade e depressão. Ansiedade tinha sempre, umas vezes mais controlada, outras mais descontrolada. Mas este último episódio foi um episódio… estive seis meses de baixa, muito complicado, estava muito difícil sair daquele registo, então decidi experimentar.

Dei-me num todo a este tratamento [de Psicoterapia Assistida por Ketamina] e foi a melhor coisa que eu fiz. Porque realmente parece que a minha vida foi mesmo da noite para o dia. Está a ser fantástico, está mesmo a ser fantástico.

Neste momento, o que eu falo do tratamento é das coisas positivas e não o que me trouxe cá, porque o que me trouxe cá neste momento já não existe, felizmente.

Foi uma entrega muito grande da minha parte. E eu, quando vim ao primeiro tratamento, as benzodiazepinas já as tinha largado completamente. E fiz o primeiro tratamento e na segunda semana larguei a medicação para dormir. E depois daí larguei morfinas, larguei comprimidos para a dor, a medicação para a dor crónica, eu larguei tudo. Neste momento não tomo nada, zero.

Já tinha feito de tudo para lidar com a ansiedade e depressão. «Isto é que me vai salvar. E foi, e foi mesmo.»

Eu falo por mim, pronto, eu dei tudo nisto. Pensei mesmo: já fiz tudo e não resultou, isto tem de resultar. Acho que isso também comanda muito. A nossa cabeça, a nossa vontade. O tratamento sim, tem a sua eficácia. Agora, quando nos dispomos e nos entregamos no todo, e dizemos assim: sim, é isto que me vai salvar, por assim dizer. E foi, e foi mesmo.

Eu sou uma pessoa muito épica, sou uma pessoa de muitas histórias, e eu acho que todos nós, todos nós e cada um que fez o tratamento, teve a sua viagem. Agora, o que eu fiz, o que eu me disponibilizei a fazer, até mesmo nos meus círculos, nas minhas meditações eu fazia também, era, no final de cada viagem, eu escrevia tudo. Porque na altura estava tudo muito lúcido, mas era tanta coisa.

Aquilo passava assim, mas eu mudava de cenário. As minhas viagens eram: cenários, cenários, cenários. Eu era uma flor, eu era o Sol, ou seja, aquilo era… mas tudo isso tinha uma lógica de ser, em concordância com a intenção que eu levava para esse mesmo tratamento.

Lembro-me de que a sensação que eu tive foi: eu vi-me num túnel, como se estivesse num comboio a alta velocidade, e as luzes nas janelas passavam muito rápido. Depois saí e fui dar a um campo muito verde, tipo uma montanha, e a primeira coisa que eu vi foi um alce. Mas um animal lindíssimo. Um alce, e acompanhou-me a viagem inteira, a viagem inteira.

Nessa viagem eu estive no Egipto, estive numa caravana do Egipto, eu fui uma flor e via as gotas da água a caírem na rega… isso depois tudo teve o seu quê.

A ketamina e controlar as emoções «logo na primeira viagem»

Eu disse ao doutor agora no último follow up: foi imediato, sim, tivemos resultados. Eu tive resultados imediatos mas também a longo prazo, porque, neste momento, apesar de ter terminado a terapia, eu fiquei com muitas ferramentas.

A minha emoção era muito a comida. Eu era muito emocional, e então quando tinha aqueles devaneios, por assim dizer, ou ficava descompensada, eu comia imenso. Na primeira semana perdi seis quilos. Porque eu comecei a controlar as emoções logo na primeira viagem.

Comecei a controlar as emoções, e quando comecei a controlar as emoções controlei também inconscientemente a vontade de comer. Parecia que a comida me dava repulsa, porque o meu corpo não estava a necessitar de todo aquele alimento. Ou seja, eu só comia e só me alimentava daquilo que realmente e quando tinha realmente necessidade. E logo aí vi uma diferença enorme.

Durante essas quatro sessões [de ketamina] eu não fiz mais nada do que só interiorizar, e escrever e ver o que realmente se passava. Ou seja, foi uma coisa mesmo a sério. Foi uma coisa mesmo muito a sério. Eu posso dizer que acho que foi das coisas mais sérias que fiz até hoje e que levei do princípio, meio e fim.

Eu nunca terminava nada, deixava tudo a meio. Eu nunca terminava. E foi uma vitória para mim até nesse sentido. Em muitos outros, mas até mesmo nesse sentido, porque foi uma coisa fantástica.

Ainda hoje eu falo nisso e… é porque olho para a minha vida e a minha vida mudou. Eu agora estou aqui a falar, mas eu é que sinto, não é? E quando falo nisto, e quando falo que o tratamento mudou completamente a minha vida, mudou mesmo.

«Tudo o que eu aprendi neste programa de Psicoterapia Assistida por Ketamina caminha comigo todos os dias.»

Não deixei a Carla ansiosa para trás. O que eu fiz foi cuidar da Carla ansiosa. Foi tratar dela com muito amor, ver – e o próprio tratamento é isso – ver onde é que estavam e o que é que me levava a ter aquelas recaídas, quais eram as situações que me levavam a ter as crises de ansiedade, identificá-las.

Acho que é por esse motivo que eu neste momento estou assim como estou. Porque eu identifiquei o que é que me levava a ter aqueles comportamentos e aquelas situações todas. Identifiquei e tratei.

O tratamento foi isso que fez. Ajudar-me a abrir a cortina e espreitar, devagarinho, sem medos.

Agora é levar todas estas ferramentas que eu trouxe dos tratamentos, é como se fosse uma bolsa. Tenho sempre aqui tudo dentro. Uma fisga… os meus mecanismos de defesa. Tudo o que eu aprendi nestes tratamentos caminha comigo todos os dias desde que me levanto até que me deito.

Foi isso que aprendi com o doutor na psicoterapia: as coisas estão lá sempre, a vida não é um arco-íris. Nós é que podemos ser o arco-íris e termos um escudo. Quando a vida nos traz aquelas coisas todas, nós termos aqui mecanismos de defesa para tratar, resolver e não fechar os olhos ou virar costas, porque depois aquilo é uma bola de neve.

Eu acho que isto nem tem um balanço. Isto é. Só. Neste momento só é. Neste momento, eu olho, acordo todos os dias de manhã e só digo assim: bora viver. Bora viver. Porque eu já andei adormecida durante muito tempo. Agora é para viver.

Viver um minuto de cada vez, um dia de cada vez, como se fosse o último. Porque é assim, a vida é mesmo para isso. Só temos uma, e aquilo é muito feio. E eu mereço isto, eu mereço.

[A The Clinic of Change agradece à Carla pela coragem na partilha e pela generosidade de, com a sua história, ajudar outras pessoas a procurar ajuda.]

 

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